Foi na Audição de Políticas de Juventude da Comissão de Educação e Ciência, onde representantes de organizações de juventude e de autarquias locais debateram com deputadas/os as dificuldades que enfrentam as novas gerações no mercado de trabalho. José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda,indicou que “O problema não é o estudar, é o ser escravo”. Esta foi uma das reacções às afirmações da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que se tinha mostrado preocupada com a possibilidade de o verso “que para ser escravo é preciso estudar” se tornar num desincentivo para as/os jovens.Também o PSD, através do seu deputado Pedro Rodrigues, admitiu que “A canção dos Deolinda veio dar voz a esta sensação de impotência e desânimo dos jovens portugueses”. Vejam a notícia completa no Público e as reacções em alguns blogues.
Como indica o Diário de Notícias, os Deolinda vão disponibilizar na próxima semana o tema inédito "Parva que sou" em vídeo. Face à recepção entusiasta de "Parva que sou", já tinham publicado um comunicado no facebook que se espalhou, rapidamente, por outros sites:
"No passado mês de Janeiro, durante os quatro concertos que realizámos nos Coliseus do Porto e de Lisboa, apresentámos uma canção nova intitulada “Parva que sou”. Esta música fazia parte de um conjunto de quatro novas canções que trabalhámos e ensaiámos com o intuito de apresentar uma delas num alinhamento especialmente feito para os Coliseus. Escolhemos “Parva que sou”, porque era ,aquela que tinha o arranjo terminado e porque o tema que abordava nos pareceu actual. Durante os ensaios e até em apresentações feitas a amigos nunca imaginámos a dimensão que a sua letra poderia tomar. Foi com grande surpresa e emoção que assistimos a uma reacção tão intensa e espontânea por parte das pessoas que estavam a ouvir uma música inédita. Verso a verso, fomos sentindo o público a apropriar-se da canção e a tomá-la como sua. Foram 4 momentos especiais e porventura únicos de comunhão entre nós e o público. Após os concertos, ao ver que o tema “Parva que sou” continua a ganhar vida através das redes sociais e dos meios de comunicação, não podemos deixar de demonstrar o nosso agrado em perceber que uma canção está a suscitar debate e diálogo em volta de um assunto actual e que julgamos da maior pertinência. Mais felizes ainda ficamos, enquanto músicos, ao constatar que a Música continua a ter este papel na nossa Sociedade. Iremos em breve disponibilizar uma versão da música, gravada num dos concertos nos Coliseus, para que quem a queira ouvir o possa fazer com maior qualidade sonora. Agradecemos todo o carinho que as pessoas têm demonstrado e o genuíno interesse da imprensa relativamente ao “Parva que sou”. Mais não precisamos de dizer. A canção fala por si." Ana Bacalhau, Pedro da Silva Martins, Luís José Martins, Zé Pedro Leitão (Deolinda)
Também o Telejornal já se tem feito eco do fenómeno:
No entanto, também já se fizeram ouvir algumas (poucas) vozes cépticas, embora cheguem sobretudo do lado ultraliberal. O novo hino social continua a levantar ondas.
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