Um vídeo cheio de meias verdades, embora tenha um final surpreendentemente crítico, apresenta-se como a resposta às reticiências finlandesas de prestar ajuda financeira a Portugal:
11/05/11
Portugal explicado às/aos Finlandesas/os
09/05/11
Adília Lopes
"Louvor do lixo" (in A Mulher-a-Dias, Lisboa: &etc 2002, 13-14):
para a Amra Alirejsovic
quem não viu Sevilha não viu maravilha)
"Nunca choraremos bastante..." (in Decote da Dama de Espadas (Romances), Lisboa: Gota de Água 1988):
Entrevistas:
Transcrição de uma entrevista de Carlos Vaz Marques emitida na TSF no dia 17 de Junho de 2005: http://ofuncionariocansado.blogspot.com/2009/01/adilia-lopes-entrevista-de-carlos-vaz.html
Longa entrevista por escrito, dirigida por várias turmas da Escola Secundária José Gomes Ferreira em 2005: http://gavetadenuvens.blogspot.com/2005/09/entrevista-adlia-lopes.html
Bibliografia de Adília Lopes:
Alguma literatura crítica:
Material variado (poemas, entrevistas, recensões, artigos de índole académica): http://www.arlindo-correia.com/200301.html
Comparação entre as obras de Adília Lopes e da poeta galega Lupe Gómez: http://uvigo.academia.edu/BurghardBaltrusch/Papers/150197/Entre_o_Essencialismo_Rural_de_Fisteus_e_o_Pos-modernimso_urbano_de_Lisboa_uma_Comparacao_Im_Possivel_entre_Lupe_Gomez_e_Adilia_Lopes
Sobre alguns aspectos pós-modernos e feministas da obra: http://uvigo.academia.edu/BurghardBaltrusch/Papers/155114/Traduciendo_entre_la_entropia_y_la_subversion_la_obra_postmoderna_de_Adilia_Lopes
para a Amra Alirejsovic
quem não viu Sevilha não viu maravilha)
É preciso desentropiar / a casa / todos os dias / para adiar o Kaos / a poetisa é a mulher-a-dias / arruma o poema / como arruma a casa / que o terramoto ameaça / a entropia de cada dia / nos dai hoje / o pó e o amor / como o poema / são feitos / no dia a dia / o pão come-se / ou deita-se fora / embrulhado / (uma pomba / pode visitar o lixo) / o poema desentropia / o pó deposita-se no poema / o poema cantava o amor / graças ao amor / e ao poema / o puzzle que eu era / resolveu-se / mas é preciso agradecer o pó / o pó que torna o livro / ilegível como o tigre / o amor não se gasta / os livros sim / a mesa cai / à passagem do cão / e o puzzle fica por fazer / no chão
"Nunca choraremos bastante..." (in Decote da Dama de Espadas (Romances), Lisboa: Gota de Água 1988):
Nunca choraremos bastante / termos querido ser belas / à viva força / eu quis ser bela / e julguei que para ser bela / bastava usar canudos / pedi para me fazerem canudos / com um ferro de frisar e papelotes / puxaram-me muito pelos cabelos / eu gritei / disseram-me para ser bela / é preciso sofrer / depois o cabelo queimou-se / não voltou a crescer / tive de passar a andar com uma peruca / para ser bela é preciso sofrer / mas sofrer não nos faz forçosamente belas / um sofrimento não implica como consequência / uma recompensa / uma dor de dentes pode comover a nossa mãe / que para nos consolar sem saber de quê / nos dá um rebuçado / mas o rebuçado ainda nos faz doer mais os dentes / a consequência de um sofrimento / pode ser outro sofrimento / a causa é posterior ao efeito / o motivo do sofrimento é uma das consequências / do sofrimento / os papelotes são uma consequência da peruca
O cheiro de Deus - Recital de poesia de Adília Lopes
Adília Lopes - Nota 4
A Elisabeth foi-se embora, Adília Lopes
A Elisabeth foi-se embora
(com algumas coisas de Anne Sexton)
Eu que já fui do pequeno-almoço à loucura
eu que já adoeci a estudar morse
e a beber café com leite
não posso passar sem a Elisabeth
porque é que a despediu senhora doutora?
que mal me fazia a Elisabeth?
eu só gosto que seja a Elisabeth
a lavar-me a cabeça
não suporto que a senhora doutora me toque na cabeça
eu só venho cá senhora doutora
para a Elisabeth me lavar a cabeça
só ela sabe as cores os cheiros a viscosidade
de que eu gosto nos shampoos
só ela sabe como eu gosto da água quase fria
a escorrer-me pela cabeça abaixo
eu não posso passar sem a Elisabeth
não me venha dizer que o tempo cura tudo
contava com ela para o resto da vida
a Elisabeth era a princesa das raposas
precisava das mãos dela na minha cabeça
ah não haver facas que lhe cortem o
pescoço senhora doutora eu não volto
ao seu anti-séptico túnel
já fui bela uma vez agora sou eu
não quero ser barulhenta e sozinha
outra vez no túnel o que fez à Elisabeth?
a Elisabeth foi-se embora
é só o que tem para me dizer senhora doutora
com uma frase dessas na cabeça
eu não quero voltar à minha vida
Papopoético 90 - Adilia Lopes
Entrevistas:
Transcrição de uma entrevista de Carlos Vaz Marques emitida na TSF no dia 17 de Junho de 2005: http://ofuncionariocansado.blogspot.com/2009/01/adilia-lopes-entrevista-de-carlos-vaz.html
Longa entrevista por escrito, dirigida por várias turmas da Escola Secundária José Gomes Ferreira em 2005: http://gavetadenuvens.blogspot.com/2005/09/entrevista-adlia-lopes.html
Bibliografia de Adília Lopes:
- Um Jogo Bastante Perigoso (Ed. autora, 1985)
- A Pão e Água de Colónia (Frenesi, 1987)
- O Marquês de Chamilly (Kabale und Liebe) (Hiena, 1987)
- O Decote da Dama de Espadas (INCM, 1988)
- Os 5 Livros de Versos Salvaram o Tio (Ed. autora, 1991)
- O Peixe na Água (& etc, 1993)
- A Continuação do Fim do Mundo (& etc, 1995)
- A Bela Acordada (Black Sun Editores, 1997)
- Clube da Poetisa Morta (Black Sun Editores, 1997)
- O Poeta de Pondichéry seguido de Maria Cristina Martins (Angelus Novus, 1998)
- Florbela Espanca espanca (Black Sun Editores, 1999)
- Sete rios entre campos (& etc, 1999)
- Irmã Barata, Irmã Batata (Angelus Novus, 2000)
- Obra (Mariposa Azual, 2000)
- A Bela Acordada (Mariposa Azual, 2001)
- Quem Quer Casar Com a Poetisa? (Quasi, 2001)
- César a César (& etc, 2003)
- Poemas Novos (& etc, 2004)
- Caras Baratas (Relógio D'Água, 2004)
- Le Vrai La Nuit - A Árvore Cortada (& etc, 2006)
- Caderno (& etc, 2007)
- Apanhar Ar (Assírio&Alvim 2010)
Alguma literatura crítica:
Material variado (poemas, entrevistas, recensões, artigos de índole académica): http://www.arlindo-correia.com/200301.html
Comparação entre as obras de Adília Lopes e da poeta galega Lupe Gómez: http://uvigo.academia.edu/BurghardBaltrusch/Papers/150197/Entre_o_Essencialismo_Rural_de_Fisteus_e_o_Pos-modernimso_urbano_de_Lisboa_uma_Comparacao_Im_Possivel_entre_Lupe_Gomez_e_Adilia_Lopes
Sobre alguns aspectos pós-modernos e feministas da obra: http://uvigo.academia.edu/BurghardBaltrusch/Papers/155114/Traduciendo_entre_la_entropia_y_la_subversion_la_obra_postmoderna_de_Adilia_Lopes
Etiquetas:
Adília Lopes,
poesia portuguesa,
pós-modernismo
02/05/11
A utopia continua: José Saramago em entrevista de 1997
Há pouco foi colocada no youtube esta entrevista realizada em 1997 pela brasileira TV Cultura, para o programa Roda Viva, na qual se deu uma curiosa encenação com Saramago sentado no meio de um círculo de jornalistas, entre as/os quais estava a escritora Lygia Fagundes Telles:
Subscrever:
Mensagens (Atom)