21/11/17

Artur Maria Afonso



Se o maior representante de Barroso na pintura é Nadir Afonso, o seu pai, Artur Maria Afonso é possivelmente quem melhor representa esta região na literatura. São duas personalidades consagradas em Montalegre, Boticas e Chaves.
Artur Maria Afonso nasceu em Montalegre em 17 de Março de 1882. Trabalhou como aspirante de Finanças na vila de Montalegre, mestre-escola em Cambezes do Rio, na Repartição de finanças em Odemira e Murça e foi o fundador e diretor com apenas 18 anos e ainda em Montalegre, do jornal “O Barrosão”.
Mas foi, acima de tudo, um poeta tendo colaborado com todos os jornais que se publicaram na região, como o Intransigente, o Aquae Flaviae, O comércio de Chaves, o Ecos de Chaves e a A Voz de Trás-os-Montes de Vila Real.
Ao longo da sua vida desenvolveu uma vasta atividade literária. Alguns exemplos seriam: Boninas de Chaves, (1942) e Alvoradas, (1909). A título póstumo, o filho, Lereno, promoveu a publicação de mais dois: Orações ao Vento (1982) e Auras Perfumadas, sendo sua intenção publicar um último livro, já organizado, a demonstrar que foi riquíssimo o espólio poético de Artur Maria Afonso. Também a Câmara de Montalegre editou, em 1987, o Caderno Cultural n.° 8, sobre a Vida e Obra de Artur Maria Afonso, reunindo um trabalho premiado nos Jogos Florais (II) e toda a poesia que ele escreveu sobre Barroso, entre 1937 e 1957. A Câmara de Chaves teria uma atitude semelhante (1993), editando um interessante opúsculo e recolhendo a poesia dedicada a Chaves e ilustrada com vários trabalhos pictóricos (a cores) do filho Nadir Afonso. A esse opúsculo chamou A Terra dos meus amores.
Faleceu em Chaves na sua residência, em 2 de Julho de 1961.
Pode-se encontrar mais informação nos seguintes links:

Sem comentários: