Se o
maior representante de Barroso na pintura é Nadir Afonso, o seu pai, Artur
Maria Afonso é possivelmente quem melhor representa esta região na literatura.
São duas personalidades consagradas em Montalegre, Boticas e Chaves.
Artur
Maria Afonso nasceu em Montalegre em 17 de Março de 1882. Trabalhou como
aspirante de Finanças na vila de Montalegre, mestre-escola em Cambezes do Rio,
na Repartição de finanças em Odemira e Murça e foi o fundador e diretor com apenas 18
anos e ainda em Montalegre, do jornal “O Barrosão”.
Mas
foi, acima de tudo, um poeta tendo colaborado com todos os jornais que se
publicaram na região, como o Intransigente,
o Aquae Flaviae, O comércio de Chaves, o Ecos
de Chaves e a A Voz de Trás-os-Montes
de Vila Real.
Ao
longo da sua vida desenvolveu uma vasta atividade literária. Alguns exemplos
seriam: Boninas de Chaves, (1942) e Alvoradas, (1909). A título póstumo, o
filho, Lereno, promoveu a publicação de mais dois: Orações ao Vento (1982) e Auras
Perfumadas, sendo sua intenção publicar um último livro, já organizado, a
demonstrar que foi riquíssimo o espólio poético de Artur Maria Afonso. Também a
Câmara de Montalegre editou, em 1987, o Caderno Cultural n.° 8, sobre a Vida e Obra de Artur Maria Afonso,
reunindo um trabalho premiado nos Jogos Florais (II) e toda a poesia que ele
escreveu sobre Barroso, entre 1937 e 1957. A Câmara de Chaves teria uma atitude
semelhante (1993), editando um interessante opúsculo e recolhendo a poesia
dedicada a Chaves e ilustrada com vários trabalhos pictóricos (a cores) do
filho Nadir Afonso. A esse opúsculo chamou A
Terra dos meus amores.
Faleceu
em Chaves na sua residência, em 2 de Julho de 1961.
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