15/12/13

Demanda do Santo Graal

A Demanda do Santo Graal é uma adaptação/tradução portuguesa do século IV, em três partes, de textos franceses do século XIII que tinham como tema as aventuras do Rei Artur e dos cavaleiros da Távola Redonda. Entre esses cavaleiros, sobressaem Lançarote do Lago, Boors de Gaunes, Galvão, Perceval e Galaaz. Este último era filho de Lançarote e tinha por missão encontrar o Santo Graal, isto é, o vaso onde fora recolhido o sangue de Cristo. 
É um dos textos mais antigos de prosa literária em língua portuguesa e está marcado por um estilo oral. Há uma clara intenção religiosa e de representação da moral da corte. Enquanto a lírica da corte descreve o amor como caminho para a felicidade, na Demanda o amor leva ao pecado e se opõe à fé, o que fica evidente na construção das figuras de Lançarote e Galaaz. A moral religiosa e doutrinária também se evidencia através da identificação entre idealismo cavaleiresco e fidelidade feudal.
O manuscrito português encontra-se na Biblioteca Nacional de Viena (catalogado com o número 2594) e contém várias redacções feitas entre os séculos XIII e XV. É considerado o mais fiel e o mais completo de todos os que contêm as novelas do chamado Ciclo Bretão.
Edições da obra: 
Augusto Magne, Rio de Janeiro, 1955-1970, 2 vols.
Joseph Maria Piel, Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda 1988.
Irene Freire Nunes, Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda 1995.
Heitor Megale, Lisboa: Companhia das Letras, 2008.
Bibliografia:
Ivo Castro: "A Demanda do Santo Graal e as suas edições", Revista Portuguesa de Filologia (Miscelânea Herculano de Carvalho), vol. XXV, tomo I, 2003-2006, pp. 125-144.
Fanni Bogdanow: "Textual criticism and the portuguese Demanda do Santo Graal", in Homenaje a Alvaro Galmés de Fuentes, vol.II, Madrid, 301-312.
Wolf-Dieter Lange: "Keltisch-romanische Literaturbeziehungen im Mittelalter", in Grundriss der Romanischen Literaturen des Mittelalters, vol.I, Heidelberg 1972, 163-205.
Wolf-Dieter Stempel: "Die Anfänge der romanoschen Prosa im 13.Jh.", in Grundriss der Romanischen Literaturen des Mittelalters, vol.I, Heidelberg 1972, 585-601.

Prezi de Estefanía González Álvarez (Panorama de Literaturas Lusófonas 2012/2013) sobre a figura de Galaaz na Demanda do Santo Graal:
Documentário do Discovery Channel sobre o Santo Graal:

10/12/13

Rui Zink em Vigo

Na quarta-feira, dia 11 de dezembro às 20:00 horas, falará no Centro Cultural Camões de Vigo (Casa de Arines) o escritor português Rui Zink. 

Rui Zink é um dos mais conhecidos autores portugueses da actualidade.
Como ficcionista, iniciou-se em 1987, com a edição de Hotel Lusitano, tendo escrito diversos livros até 1996, ano de saída do romance Apocalipse Nau, porventura a sua obra melhor acolhida pela crítica. De permeio, a sua escrita diversificou-se, com os livros de contos A Realidade Agora a Cores, em 1988 e Homens-Aranhas, em 1994; O Bicho da Escrita; a novela A Espera, em 1998 ou os romances O Suplente, em 2000, e Os Surfistas, em 2001. Rui Zink recebeu o Prémio do P.E.N. Clube Português pelo romance Dádiva Divina (2005). Em 1999 edita a sua tese de doutoramento sobre banda desenhada, Literatura Gráfica? Banda Desenhada Portuguesa Contemporânea, um género do qual também participou como argumentista. Mais informação em:  http://www.infopedia.pt/$rui-zink

Também recomendamos esta  intervenção de Rui Zink nos TED Talks em Coimbra sobre o tema "Escrita criativa: O que é? Para que serve?":




19/11/13

DEUS, PÁTRIA, AUTORIDADE de RUI SIMÕES

DEUS, PÁTRIA, AUTORIDADE de RUI SIMÕES, 1975, 103'

Rui Simões (Lisboa, 1944) é um cineasta português que se caracteriza pela prática do documentário histórico, visto como cinema militante, de intervenção política, e ainda pela realização de documentários em vídeo e de gravações de peças de teatro e de bailado.

“Deus, Pátria, Autoridade” representa uma crítica à ideologia fascista através de três dogmas fundamentais que Salazar estabeleceu num discurso de 1936: “Não discutimos Deus e a virtude. Não discutimos a Pátria e a Nação. Não discutimos a Autoridade e o seu prestígio”.
 
Como  BOM POVO PORTUGUÊS, também este filme foi produzido a partir de material de arquivo e de filmes da actualidade. A narrativa surge na montagem, analisando os principais acontecimentos históricos de Portugal, desde a queda da monarquia, em 1910, até à Revolução dos Cravos, numa perspectiva social da luta de classes. É, sumariamente, uma analise da sociedade portuguesa a partir de pontos vitais como o estado novo, a influência da igreja, a guerra colonial, a revolução de Abril, etc.


12/11/13

Conferência sobre Expressionismo em Portugal



Otávio Rios é professor de literatura portuguesa na Universidade do Estado do Amazonas (Brasil) desde 2008. Doutorou-se em Letras Vernáculas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2012), com a tese De trapeiros e vencidos. Efabulação e história em Raul Brandão.
Está à frente da Cátedra Amazonense de Estudos Literários (CAEL), da Universidade do Estado do Amazonas, desde a que organizou eventos de porte nacional e internacional. As actas que reflectem o fruto desse trabalho foram publicadas na forma de livros (O Amazonas deságua no Tejo, em 2009, e Arquipélago contínuo: literaturas plurais, em 2011).
Foi Vice-Presidente da ABRAPLIP (Associação Brasileira de Professores de Literatura Portuguesa) desde 2012 até o passado mês de outubro, em que foi eleito Presidente da ABRAPLIP para o biênio 2014-15. Na atualidade, está a fazer uma estadia de pós-doutoral na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (curso 2013-14).
Entre as suas actuais linhas de investigação, destacam-se a relação entre literatura e história, as formas e os processos da escrita intimista (memória e autobiografia), as estéticas finisseculares em Portugal (decadentismo, simbolismo, expressionismo) e a teoria do romance.

11/10/13

"Deslobolar" a literatura moçambicana

Ontem, na conferência sobre literatura moçambicana o nosso convidado, o professor e investigador Cremildo Bahule, empregou um termo interessante que gostávamos de contextualizar muito brevemente. Disse em certo momento que a obra de Paulina Chiziane representaria um "deslobolamento" da literatura moçambicana. Para contextualizar este neologismo, que consideramos muito oportuno, oferecemos aqui alguns textos, reportagens e material audiovisual em relação com a cultura do lobolo (Moçambique) ou do alambamento (Angola):

O que "é" o lobolo?

 

Em Moçambique é lobolo. Em Angola, é alambamento.

Lobolo - Os casamentos em Moçambique ontem e hoje  (Acesso directo à reportagem audio)

Mulher, poder e tradição em Moçambique

07/10/13

Conferência sobre Literatura Moçambicana

Depois da conferência do professor Félix Filimone F. Tembe, no passado mês de março, e que pode ser visualizada na UVigo TV, o Departamento de Filologia Galega e Latina da Universidade de Vigo, apresenta agora outra conferência mais sobre literatura moçambicana:
Na quinta-feira, dia 10 de outubro, o professor e investigador Cremildo Bahule falará sobre "Literatura Moçambicana: um msaho em sedimentação".
A conferência terá lugar no auditório da Faculdade de Filologia e Tradução a partir das 12:00 horas.







"msaho": dança orquestral moçambicana acompanhada de canto.

dança orquestral acompanhada de canto

msaho In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-10-04].
Disponível na www: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/msaho

Cremildo Bahule, é ensaísta, escritor e asessor editorial em Ndjira – Sociedade Editorial. É Mestrando em Linguística na Universidade Eduardo Mondlane. Publicou o ensaio Carlos Cardoso – Um poeta de consciência profética (Alcance Editores, 2010) e Literatura Feminina, Literatura de Purificação: O Processo de Ascese da Mulher na Trilogia de Paulina Chiziane (Ndjira, 2013). Participou como investigador num projecto de recolha das tradições orais de Moçambique, posteriormente publicado em Multiculturalidade e Plurilinguismo: Tradição oral e educação plurilingüe na África central e austral (cf. também o site Contafrica). Foi investigador associado da «Unidade de Diagnóstico Social» do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane, tendo realizado um estudo sobre a relação entre a música popular moçambicana e as línguas autóctonas. Os resultados foram publicados em Kudumba Ka Vana Va Ndota: A música como uma plataforma de preservação da língua – (Um) diálogo sociolingüístico sobre a estética musical de Ghorwane (actualmente no prelo). Também publicou, em 2011, Babalaze – A outra margem da verdade, entrevista com o rapper moçambicano Azagaia, e colaborou na obra Samora Machel – História de uma vida dedicada ao povo moçambicano, editada pelo Instituto de Investigação Sócio-cultural. Em 2012, editou o livro de poesia Caligrafias – Liricismo naïf, no I Encontro Internacional do Livro em Cartão, realizado em Maputo. Actualmente, é investigador independente e está a desenvolver uma pesquisa sobre a ideia da “mestiçagem moçambicana” partindo da construção polifónica e do relato do discurso na ficção narrativa de Paulina Chiziane e a “convergência entre bilinguismo, literatura e direitos humanos”. Durante o mês de outrubro, foi o convidado do programa de Residências para Escritores e Escritoras, da editorial galega Axóuxere.


01/10/13

Antígona revisitada. Um estudo indispensável da autoria feminina em Portugal


Esta recensão de

Cláudia Pazos Alonso e Hilary Owen: Antigone's Daughters? Gender, Genealogy and the Politics of Authorship in 20th-Century Portuguese Women's Writing. Lewisburg: Bucknell University Press 2011, ISBN 978-1-61148-002-3.


Abstract
Using a most appropriate rereading of the Antigone myth as unifying metaphor, Owen’s and Alonso’s lucid discussion of six well-known Portuguese women writers, working across different genres, offers fundamental insights into the complex gender politics and related genealogical questions in Portugal’s twentieth century literature.

Muitas escritoras portuguesas ainda não estão representadas no sistema cultural de uma maneira que poderia ser considerada igualitária. A ideologia do “falso neutro”, já denunciada em 1989 por Maria Isabel Barreno, e que levou muitas autoras a serem excluídas do cânone, continua em vigor. Um exemplo recente constitui o volumoso Século de Ouro – Antologia Crítica da Poesia Portuguesa do Século XX (2002), um dos projetos antológicos mais importantes dos últimos anos: Apresenta apenas nove poesias de seis escritoras de um total de 74 textos, e um número igual de estudiosas e estudiosos, entre os quais só há 19 mulheres das que meramente quatro escolheram e comentaram textos de autoria feminina. Assim, quando a nível internacional as teorias da diferença já estão a ser ultrapassadas por outras problematizações do género e das identidades, a actualidade portuguesa impõe a necessidade de continuarmos a “favorecer projectos de investigação académica e intervenção cultural que privilegiam de forma enfática e exclusiva a análise ginocrítica” (Klobucka 2009: 16).
É, também, por esta razão intrasistémica que a recente publicação de Antigone's Daughters? Gender, Genealogy and the Politics of Authorship in 20th-Century Portuguese Women's Writing, das professoras Cláudia Pazos Alonso (Universidade de Oxford) e Hilary Owen (Universidade de Manchester) tem de ser celebrada. Como se indica na introdução do volume, a crítica e a investigação académicas da literatura em Portugal, seja aquela realizada por homens ou por mulheres, continua a ser reticente em relação às teorias relacionadas com os estudos de género e feministas em geral. Nas décadas entre os trabalhos pioneiros de Magalhães (anos oitenta) e o Dicionário da Crítica Feminista de Amaral e Macedo (2005) tem-se praticado relativamente pouca crítica literária feminista em Portugal, em comparação com os âmbitos espanhol ou francês, por exemplo. Se contamos hoje com um pequeno, mas solidamente articulado acervo de trabalhos orientados pelos estudos de género sobre a literatura de autoria feminina do século passado é, em grande medida, graças a estudiosas a trabalharem em universidades estrangeiras, como Darlene Sadlier, Anna Klobucka, Ana Paula Ferreira, Chatarina Edfeldt, Elfriede Engelmeyer, etc., entre as quais se encontram as autoras do presente estudo.
Antigone’s Daughters? é uma releitura da história literária portuguesa de autoria  feminina do século XX, orientada tanto pela ginocrítica como por aspectos do feminismo da terceira onda ou pós-estruturalistas, a partir de três gerações de escritoras agrupadas em três pares exemplares, tanto em termos diacrónicos como sincrónicos: Florbela Espanca e Irene Lisboa como uma primeira e limitada “abertura modernista”, Agustina Bessa-Luís e Natália Correia como vozes do tempo da ditadura e, finalmente, com Hélia Correia e Lídia Jorge a representarem o período pós-revolucionário. Através de precisas análises e comparações de obras seleccionadas, Owen e Alonso mostram como estas escritoras responderam de diferentes formas à tradicional associação do génio criativo com o escritor masculino, como lidaram com um cânone dominado por homens e, finalmente, como se adaptaram às mudanças políticas, sociais e culturais ao longo do século XX. O estudo centra-se, maioritariamente, na prosa e no teatro, tendo em conta o facto de Klobucka já ter analisado, em O Formato Mulher (2009), a poesia de autoria feminina do século XX. Outro trabalho prévio, no qual o presente estudo se apoia, é a crítica da historiografia literária portuguesa iniciada por Edfeldt, com Uma história na História (2006), onde a investigadora sueca tinha advertido do perigo de tratar as escritoras como categoria à parte, o que costumava ter como consequência a sua exclusão do cânone. Owen e Alonso interiorizaram a recomendação de Edfeldt de analisar as autoras no contexto das referências escolhidas por elas mesmas, como também desde uma crítica do androcentrismo da história ‘oficial’ da literatura. Assim, realizam um excelente e utilíssimo trabalho de síntese do estado da investigação em relação a algumas das principais escritoras portuguesas do século passado, colocando e respondendo duas questões centrais: a da abordagem da autoria feminina nas seis obras escolhidas e a dos seus diálogos intertextuais com os diferentes antecedentes literários no contexto da falta ou repressão de uma memória cultural feminina.

10/05/13

Conferência-Concerto de Sérgio Tannus

Na segunda-feira, dia 13 de maio de 2013, terá lugar, às 12:00 horas no auditório ('Salón de Actos') da Facultade de Filoloxía e Tradución da Universidade de Vigo uma conferência-concerto do músico brasileiro Sérgio Tannus, relacionado com o seu álbum recente Som Brasilego.
A actividade será organizada pelo Grupo de Análise e Estudo da Literatura e de Tradutoloxía, o Departmento de Filoloxía Galega e Latina e financiada pela Vicerreitoría de Extensión Universitaria da Universidade de Vigo.
Sérgio Tannus é um dos mais completos artistas da safra brasileira. Virtuoso em instrumentos variados, como violões, guitarra, baixo, cavaquinho, bandolim e percussões, começou a tocar desde cedo, quando tinha oito anos. Autodidata, o músico se aperfeiçoou na busca por novas sonoridades, aliadas às influências e estilos universais, sem, entretanto, deixar de lado a sua brasilidade.
Cidadão do mundo, morador da cidade de Niterói-RJ desde seus 7 anos, o artista nascido em Itaperuna, atualmente vive em Santiago de Compostela, na Galiza, Espanha,onde vem divulgando o seu trabalho solo em vários países da Europa. No show Múltiplos Caminhos (nome do CD instrumental), além de cantar e tocar composições próprias apresenta o trabalho de uma nova geração de compositores, podendo-se destacar Fred Mertins, Marcelo Diniz e Lenine. No palco, acompanhado pelo pianista Serginho Sales e o percusionista Paulo Lima, nos quais faz um trio, Tannus revela essa diversidade musical ao executar inúmeros instrumentos em ritmos variados. Como resultado deste brilhante trabalho conquistou grande repercussão na Europa.
No Brasil, essas multifacetas do artista possibilitaram-lhe uma ampla atuação como instrumentista e arranjador em CD’s marcantes, entre eles, Vício Elegante, de Belchior; Combustível e Quero Mais, de Lilian França; Sexo Puro, de Suley Mesquita; das Batuko Tabanka, cantoras de Cabo Verde e Da miña Xanela á túa das Malvela – esses dois últimos resultantes de sua turnê pela Europa-. Tannus também esteve presente, como músico e arranjador, em vários concertos dirigidos por Maurício Sherman (televisivos), na abertura do show de Gilberto Gil, em Angra dos Reis, além de acompanhar muitos artistas, como Suely Mesquita, Chico César, Pedro Luis e a Parede, Rita Ribeiro, Zélia Duncan, Paulinho Moska e Fernanda Abreu.
Não deixando de lado o aspecto humanístico da sua carreira, Sérgio Tannus há mais de 17 anos dedica-se ao trabalho solidário em obras sociais destinadas a crianças carentes. Essa sua postura socialmente responsável rendeu-lhe a inspiração para compor mais de 40 canções infantis, executadas em Escolas do Brasil e do exterior. Em 2011 participou na gravação do disco de Uxía, “Meu Canto” nos estúdios da editora Biscoito Fino, no Rio de Janeiro. (cf. I Encontro de Escritores da Lusofonia).

Algumas das suas canções estão disponíveis aqui.
Apresentação do seu novo CD na Casa das Crechas em Compostela:

23/04/13

Exposição “25 de Abril | Imagem e Texto”

Desde a semana passada, na Faculdade de Filologia e Tradução da Universidade de Vigo, pode ser visitada uma exposição com o título “25 de Abril | Imagem e Texto”.
Com esta exposição, programada até finais de abril, pretendemos antecipar-nos às actividades do quadragésimo aniversário da Revolução dos Cravos de 1974, que terá lugar em 2014.
Por enquanto, a nossa intenção é a divulgação do conhecimento sobre este período decisivo da história portuguesa recente entre estudantes, e outro público interessado da Universidade de Vigo, através de:
  • exemplos iconográficos (cartazes políticos originais),
  • biografias sintetizadas de partidos políticos e de algumas personagens destacadas,
  • uma seleção de livros e revistas de temática relacionada,
  • uma cronologia dos acontecimentos entre 1958 e 1976 e
  • uma seleção de poemas emblemáticas sobre a própria revolução e a identidade portuguesas.
O momento pareceu-nos apropriado, uma vez que nas manifestações portuguesas dos últimos três anos, desencadeadas pela crise, reapareceram com força certas ideias e elementos relacionados com a Revolução de Abril, nomeadamente, a canção “Grândola, vila morena” de José Afonso.
Por isso, a nossa documentação inclui, também, alguns exemplos poéticos e outras referências de actualidade.
Naturalmente, esta exposição só pode oferecer uma visão parcial da grande diversidade dos aspectos relacionados com esta revolução: iconográficos, historiográficos, literários e de recepção cultural em geral. Porém, também contámos com o apoio de estudantes de várias turmas de Língua Portuguesa da Faculdade e que compuseram uma série de textos sobre temas deste momento histórico.
Convidamos a toda a gente que visita esta exposição de passar pelos três espaços, nos quais esta se desenvolve: o hall da biblioteca, a própria biblioteca e o hall principal deste pavilhão. Podem levar poemas e outros textos, deixar comentários no livro de visitas ou, também, realizar um graffiti no quadro disponibilizado para este fim.
Aqui oferecemos ainda algumas fotografias da exposição e uma selecção dos textos expostos:




07/04/13

Azagaia: "Música de intervenção rápida"


O blogue "Estudos Lusófonos" continua com informação cultural sobre o Moçambique, iniciada em novembro do ano passado.
Segundo o Expresso, o músico moçambicano Azagaia acaba de lançar um tema (cf. infra) em que reage à carga policial de há um mês, em Maputo, contra os desmobilizados de guerra. Azagaia (Edson da Luz) é um rapper moçambicano, autor do polémico álbum Babalaze, e de hits como "Povo no Poder" e "Combatentes da Fortuna". A sua música está ligada à crítica social e política (cf. o site de Azagaia no Facebook). Segundo o Rolling Stone Brasil, Azagaia é o músico moçambicano mais conhecido no país e, aos poucos, começa também a ficar conhecido fora dele e "sua música foi fortemente influenciada pelo rap brasileiro, sobretudo Gabriel O Pensador" que, segundo o próprio Azagaia, "foi decisivo para eu decidir me tornar um rapper. Gostava da maneira como ele brincava com tudo e comecei a pensar que podia fazer algo parecido, adaptado ao meu contexto.”
 
Azagaia: "Música de intervenção rápida"


Azagaia: "As verdades":


13/03/13

Literatura Moçambicana em Conferência

Na quinta-feira, dia 14 de março, o professor moçambicano Félix Filimone F. Tembe irá oferecer, no Auditório da Faculdade de Filologia e Tradução da Universidade de Vigo ('Salón de Actos', às 12:00 horas), uma conferência sobre:

"Literatura Moçambicana: 
Uma trajetória que se funde e se confunde 
com a história do país"


Outras temas moçambicanos neste blogue:

Em novembro do ano passado, o professor Gervásio Absolone Chambo tinha falado, na nossa Faculdade, sobre o "Mosaico Etno-cultural e linguístico do Moçambique". A conferência pode ser visualizada na UVigo TV.

Veja também:

17/01/13

Uma comparação (im)possível entre Lupe Gómez e Adília Lopes

Ana Bela Simões de Almeida Burghard Baltrusch (2007):


In Helena González & María Xesús Lama (eds.): «Mulleres en Galicia» e «Galicia e os outros pobos da Península». Actas do VII Congreso Internacional de Estudios Galegos. Sada-A Coruña: Edicións do Castro, AIEG & Universitat de Barcelona, 299-311:




Recensão de Penélope Pedreira, “Un ruralismo simplista”, que foi publicada em 2001 na antiga versão de O Xinasio de Academo (http://www.ctv.es/Users/mforca/Revista), consulta do 4 de abril de 2003) e que aqui recuperámos: