02/06/18
DOIS SIGNOS DUMA TERRA SONÂMBULA. Comparação entre o romance de Mia Couto e o filme de Teresa Prata
David Gonçalves da Cruz: "Dois signos dum Terra Sonâmbula. Comparação entre o romance de Mia Couto e o filme de Teresa Prata"
23/04/18
Mitificação e desmitificação do 25 de Abril de 1974 na arte gráfica e urbana e no humor
"Mitificação e desmitificação do 25 de Abril de 1974 na arte gráfica e urbana e no humor", por David Gonçalves da Cruz, Estudos Lusófonos (Ciências da Linguagem e Estudos Literários), Universidade de Vigo:
±GRÂNDOLA, VILA MODERNA± from PlusqueMinusque on Vimeo.
±GRÂNDOLA, VILA MODERNA± from PlusqueMinusque on Vimeo.
16/04/18
O Bloco Afro Ilê Aiyê
O Bloco Afro Ilê Aiyê
David
Gonçalves da Cruz
“Bloco do Racismo”. Foi assim como a sociedade
baiana branca apelidou o autodenominado bloco afro Ilê Aiyê, que surgiu em 1974
com “propósitos políticos-culturais para os negros brasileiros, principalmente
os baianos, em um bairro de maior concentração negra da América Latina”[1].
É curioso ver como a estranheza e a polémica sempre acompanhou este bloco. Primeiro por parte da sociedade branca, impactada ao ler as inscrições dos cartazes que saíram à rua no carnaval de 1975: “Mundo Negro”, “Black Power”, “Negro para Você”. Depois por parte da sociedade negra ao ver como no carnaval de 2010 de Salvador o Ilê Aiyê começou a aceitar brancos entre os seus associados[2], algo que antes não estava permitido pela diretiva do “mais negro dos blocos afros”.
É curioso ver como a estranheza e a polémica sempre acompanhou este bloco. Primeiro por parte da sociedade branca, impactada ao ler as inscrições dos cartazes que saíram à rua no carnaval de 1975: “Mundo Negro”, “Black Power”, “Negro para Você”. Depois por parte da sociedade negra ao ver como no carnaval de 2010 de Salvador o Ilê Aiyê começou a aceitar brancos entre os seus associados[2], algo que antes não estava permitido pela diretiva do “mais negro dos blocos afros”.
Uma medida que, para muitos, vai em contra duma
tradição de 35 anos e dos seus objetivos que visam “preservar, valorizar e
expandir a cultura afrobrasileira”, enquanto que outros, como o presidente do
bloco, Antonio Carlos dos Santos, pensam que esta medida é a prova de que, ao
contrário do que alguns acham, o Ilê
Aiyê nunca defendeu o separatismo mas sim a igualdade racial. Outra prova disto
é o facto da entidade, através dos seus projetos sociais, atender crianças
brancas, loiras, negras e ajudar a mais de 4000 jovens pobres formando-os e
integrando-os no mercado laboral
“Como espaço de socialização e apreensão de
valores éticos, a Escola Mãe Hilda oferece educação básica e fundamental, como
também, atividades artísticas. O Projeto conta ainda com a Escola
Profissionalizante do Ilê Aiyê, que inclui em seu currículo questões sobre
cidadania, abordando a história do negro e o preconceito racial, e com a Banda
Erê, escola de arte e educação que resgata valores culturais africanos.”[3]
Como podemos observar, a atividade do Ilê Aiyê
vai muito além do carnaval se bem que é durante o desfile que o bloco
internacionaliza a sua luta e os seus objetivos, porque é durante o carnaval
que a população baiana, brasileira e até mesmo mundial entra em contacto com o
Ilê Aiyê e este se consolida como entidade, “mesmo não sendo veiculado nas
rádios ou nas redes de televisões”.
Já no seu primeiro desfile encontramos a
exaltação da beleza negra e a luta pela “reafricanização dos negros” nas letras
de composições como a de Paulinho Camafeu “Que Bloco é esse?”. Através
dessas composições a população negra autoafirma-se como negra, aproxima-se da “Pátria-Mãe”,
África e cria um vínculo fraternal entre afrodescendentes, que vêm como o Ilê
Aiyê, com a ajuda das letras das canções, lhes mostra uma reconfiguração da
História da África e dos negros na diáspora.
Nas suas letras, sem que se negue a História completa,
observa-se “outra África que tentam esconder”, de civilizados e civilizadores.
Nelas invertem o que consideram uma história “mal contada”, repleta de imagens
estereotipadas do continente africano. São canções que reivindicam as culturas
africanas, que mostram a realidade do problema racial e que descrevem uma
África que existia antes da chegada dos colonizadores e na que, na atualidade,
não existe só miséria mas que, pese às dificuldades, “mostra sua capacidade de
se transformar”.
17/03/18
Elementos de edição e interpretação da Menina e Moça
Margarita Dopico Cancela: "Elementos de edição e interpretação da Menina e Moça".
26/01/18
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"CINCO PIRILAMPOS À SOMBRA - alguns apontamentos sobre as primeiras cineastas portuguesas", de David Gonçalves da Cruz:
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Edição comentada do "Manifesto Antropófago" de Oswald de Andrade, realizada por Manuel Vilaboa:
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