O Bloco Afro Ilê Aiyê
David
Gonçalves da Cruz
“Bloco do Racismo”. Foi assim como a sociedade
baiana branca apelidou o autodenominado bloco afro Ilê Aiyê, que surgiu em 1974
com “propósitos políticos-culturais para os negros brasileiros, principalmente
os baianos, em um bairro de maior concentração negra da América Latina”[1].
É curioso ver como a estranheza e a polémica sempre acompanhou este bloco. Primeiro por parte da sociedade branca, impactada ao ler as inscrições dos cartazes que saíram à rua no carnaval de 1975: “Mundo Negro”, “Black Power”, “Negro para Você”. Depois por parte da sociedade negra ao ver como no carnaval de 2010 de Salvador o Ilê Aiyê começou a aceitar brancos entre os seus associados[2], algo que antes não estava permitido pela diretiva do “mais negro dos blocos afros”.
É curioso ver como a estranheza e a polémica sempre acompanhou este bloco. Primeiro por parte da sociedade branca, impactada ao ler as inscrições dos cartazes que saíram à rua no carnaval de 1975: “Mundo Negro”, “Black Power”, “Negro para Você”. Depois por parte da sociedade negra ao ver como no carnaval de 2010 de Salvador o Ilê Aiyê começou a aceitar brancos entre os seus associados[2], algo que antes não estava permitido pela diretiva do “mais negro dos blocos afros”.
Uma medida que, para muitos, vai em contra duma
tradição de 35 anos e dos seus objetivos que visam “preservar, valorizar e
expandir a cultura afrobrasileira”, enquanto que outros, como o presidente do
bloco, Antonio Carlos dos Santos, pensam que esta medida é a prova de que, ao
contrário do que alguns acham, o Ilê
Aiyê nunca defendeu o separatismo mas sim a igualdade racial. Outra prova disto
é o facto da entidade, através dos seus projetos sociais, atender crianças
brancas, loiras, negras e ajudar a mais de 4000 jovens pobres formando-os e
integrando-os no mercado laboral
“Como espaço de socialização e apreensão de
valores éticos, a Escola Mãe Hilda oferece educação básica e fundamental, como
também, atividades artísticas. O Projeto conta ainda com a Escola
Profissionalizante do Ilê Aiyê, que inclui em seu currículo questões sobre
cidadania, abordando a história do negro e o preconceito racial, e com a Banda
Erê, escola de arte e educação que resgata valores culturais africanos.”[3]
Como podemos observar, a atividade do Ilê Aiyê
vai muito além do carnaval se bem que é durante o desfile que o bloco
internacionaliza a sua luta e os seus objetivos, porque é durante o carnaval
que a população baiana, brasileira e até mesmo mundial entra em contacto com o
Ilê Aiyê e este se consolida como entidade, “mesmo não sendo veiculado nas
rádios ou nas redes de televisões”.
Já no seu primeiro desfile encontramos a
exaltação da beleza negra e a luta pela “reafricanização dos negros” nas letras
de composições como a de Paulinho Camafeu “Que Bloco é esse?”. Através
dessas composições a população negra autoafirma-se como negra, aproxima-se da “Pátria-Mãe”,
África e cria um vínculo fraternal entre afrodescendentes, que vêm como o Ilê
Aiyê, com a ajuda das letras das canções, lhes mostra uma reconfiguração da
História da África e dos negros na diáspora.
Nas suas letras, sem que se negue a História completa,
observa-se “outra África que tentam esconder”, de civilizados e civilizadores.
Nelas invertem o que consideram uma história “mal contada”, repleta de imagens
estereotipadas do continente africano. São canções que reivindicam as culturas
africanas, que mostram a realidade do problema racial e que descrevem uma
África que existia antes da chegada dos colonizadores e na que, na atualidade,
não existe só miséria mas que, pese às dificuldades, “mostra sua capacidade de
se transformar”.
Estas canções, antes de chegarem ao desfile,
passam por um longo processo e por uma seleção prévia. Primeiro escolhe-se o
tema, que pode ser sobre um país, um costume africano, ou referente à diáspora
negra. Depois, leva-se a cabo uma pesquisa sobre o tema escolhido e recolhem-se
as informações em “cartilhas” que serão entregues aos compositores para eles se
orientarem e comporem as canções que serão inscritas, posteriormente, no
Festival de Música do Ilê Aiyê, que acontece cada ano desde 1974. Finalmente,
analisam-se rigorosamente e decide-se quais irão ao desfile e quais não.
O maior problema deste processo é que as informações que aparecem nas cartilhas são pesquisadas por pessoas que, na maior parte dos casos, não foram nunca ao local descrito. E, ainda que o bloco diz que “nossas descrições são mais precisas do que quem já foi no local”; a verdade é que fica sempre a dúvida de se todas as informações ali postas são completamente reais, porque se trata de imagens construídas longe da África, sem provas de que assim seja.
À continuação, oferecem-se alguns exemplos de letras destas composições, junto com esclarecimentos sobre alguns dos nomes próprios que nelas aparecem.
Heranças Bantus
Eu vim de lá
Aqui cheguei
Trabalho forcado
todo tempo acuado
sem ter a minha vez (Bis)
Dos grandes lagos
Região em que surgiu
Os Bancongos, os Bundos,
Balubas, Tongas, Xonas, Jagas Zulus
Civilização Bantu, que no Brasil concentrou
Vila São Vicente, canavial de presente,
Pau brasil, Salvador
Cada pedaço de chão,
cada pedra fincada,
um pedaço de mim
Ilê Aiyê
O povo Bantu ajudou
a construir o Brasil
Pedra sobre pedra
Sangue e suor no chão
agricultura floresce,
metalurgia aparece,
Candomblé, religião
Irmandade Boa Morte
Rosário dos Pretos, Zumbi lutador
Liderança firmada,
que apesar do tempo, o vento não levou
um legado na dança
influência no linguajar,
sincretismo na crença,
na culinária o bom paladar
Tristeza Palmares, Curuzu alegria,
Ilê Aiyê Liberdade Expressão Bantu
viva da nossa Bahia.
Esclarecimentos
-Bancongos, Bundos, Balubas,
Tongas, Xonas, Jagas, Zulus: Grupos
étnicos bantus.
-A Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos é uma
igreja católica de Salvador, Baía, construída no século XVIII. Está localizada
no Centro Histórico de Salvador, na ladeira do Pelourinho. É parte do centro
histórico da cidade declarado Património Mundial pela UNESCO.
-Zumbi dos Palmares (Alagoas, Brasil - 1655 — 20 de
novembro de 1695) foi um líder guerreiro de los escravos negros do nordeste de
Brasil, famoso por ter sido o último dos líderes do Quilombo dos Palmares.
- A Batalha de Curuzu foi um conflito ocorrido em 1866, no contexto da
Guerra do Paraguai.
Que Bloco É Esse (part.
Criolo)
Hoje terra vai tremer
Hoje terra vai tremer
Vulcão da Bahia é tambor de Ilê Aiyê
Vulcão da Bahia é tambor de Ilê Aiyê
Onda para na pedra
Pedra não segura mar
Quem segura mar é lua
Num agrado pra Iemanjá
Liberdade é um bairro
Que a alma quer visitar
Lave a boca, limpe os pés
Na pisa que for levar
Somo crioulo doido e somo bem legal.
Temos cabelo duro é só no black power.
Somo crioulo doido e somo bem legal.
Temos cabelo duro, somos black power.
Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra
você).
Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra
você).
Branco, se você soubesse o valor que o preto tem.
Tu tomavas banho de piche pra ficar negrão
também.
E não te ensino a minha malandragem.
Nem tão pouco minha filosofia,não?
Quem dá luz a cego é Bengala Branca e Santa
Luzia.
Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra
você).
Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra
você).
Somos crioulo doido, somo bem legal.
Temos cabelo duro, somos black power.
Somo crioulo doido, somos bem legal.
Temos cabelo duro, somos black power.
Eu sou filho de preto
Sou brasileiro
Eu sou filho de preto
Sou brasileiro
Branco, se você soubesse o valor que o preto tem.
Tu tomavas banho de piche pra ficar negrão
também.
E não te ensino a minha malandragem.
Nem tão pouco minha filosofia,não?
Quem dá luz a cego é Bengala Branca e Santa
Luzia.
Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra
você).
Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar pra você (pra
você).
Somos crioulo doido, somos bem legal.
Temos cabelo duro, somos black power.
Somos crioulo doido, somos bem legal.
Temos cabelo duro, somos black power
Esclarecimentos
- Iemanjá é a orishá do
povo egba, divindade da fertilidade na mitologia ioruba, originalmente
associada aos rios e desembocaduras.
Alienação
Se você esta de ofender
É só chamá-lo de moreno pode crê
É desrespeito a raça é alienação
Aqui no Ilê Aiyê a preferência é ser chamado de
negão
Se você esta de ofender
É só chamá-la de morena pode crê
Você pode até achar que impressiona
Aqui no Ilê Aiyê a preferência é ser chamada de
Negona
A consciência é o objetivo principal
Eu quero muito mais
Alem de esporte e carnaval, natural
Chega de eleger aqueles que tem
Se o poder é muito bom
Eu quero poder também
Se você esta de ofender
É só chamá-lo de moreno pode crê
É desrespeito a raça é alienação
Aqui no Ilê Aiyê a preferência é ser chamado de
negão
Se você esta de ofender
É só chamá-la de morena pode crê
Você pode até achar que impressiona
Aqui no Ilê Aiyê a preferência é ser chamada de
Negona
O sistema tenta desconstruir
Lhe afastar de suas origens
Pra que você não possa interagir, construir
Já passou da hora de acordar
Assumir sua negritude é vital para prosperar
Ser negro não questão de pigmentação
É resistência para ultrapassar a opressão, sem
Pressão
Lutar sempre igualdade e humildade
Vou subir de Ilê Aiyê
E mudar toda cidade
Se você esta de ofender
É só chamá-lo de moreno pode crê
É desrespeito a raça é alienação
Aqui no Ilê Aiyê a preferência é ser chamado de
negão
Se você esta de ofender
É só chamá-la de morena pode crê
Você pode até achar que impressiona
Aqui no Ilê Aiyê a preferência é ser chamada de
Negona
Diferentes, Mas Iguais
Elevar a auto estima é a sua missão
Consciência negra é a sua sina
Fabricando interlocutores de cidadania
Mostrando pra o mundo desigual a covardia
Consciência é o fruto da nossa vitória irmão
O futuro é nosso com certeza
Cantaremos em prosas e versos essa nossa ascensão
Com a força que emana da raça e o poder da canção
Êa Ilê
Êa Êa Ilê
Êa Êa Ilê
Ilê Aiyê
Zumbi...
É o reflexo da nossa luta irmão
Revela o poder da resistência
E o Ilê vem mostrando a força dos seus ideais
Ao clamar que somos diferentes, mas iguais.
Esperança de um Povo
Num canto envolvente
Vão meus sentimentos, levar a tristeza
Num ego expresso vejo o Ilê Aiye
Símbolo da raça negra
Revolta dos Búzios
História passada
Deixaram Marcas em Salvador
E o povo bahianense
Leu o boletim dos revolucionários
Homens cidadãos
Oh! Povos curvados
E abandonados pelo rei
O rei de Portugal
João de Deus, bravo guerreiro
Morreu enforcado, foi esquartejado
Por ser líder negro
A esperança de um povo
Que vivesse num mundo melhor
Liberdade, igualdade, respeito
Eu quero direito sem o preconceito
Liberta eu
Liberta eu não quero sofrer mais não
Estou na beira do abismo correndo perigo
Cadê minha libertação
Poesia Moçambicana
Moçambique
O Ilê canta você
E a sua resistência
Pra poder sobreviver
Rei Hanga e a multi-coalizão
Desde os primórdios da luta
Contra a Euro-exploração
Pra se olhar Moçambique de verdade
O Ilê Aiyê
Lembra a Luso Sangria e a pilhagem
E faz um coro
Junto a Samora Machel
Cantando abaixo ao tribalismo
Lusa herança e cruel
Meu amor é você Ilê
Meu amor é você Ilê
Moçambique Vutlari
É um sonho de liberdade
Gungunhana e Zumbi
O vento é o povo
É o poder popular
Gente a luta continua
Xiconhoca Aqui não dá
É o coral negro
Numa singela homenagem
A Moçambique e o ideal de identidade
Mais uma coisa
Eu canto com muito prazer
Josina Muthemba e a Frelimo
Correm em veias do Ilê
Esclarecimentos
-Samora Machel: Foi o primeiro presidente de Moçambique entre
1975 e 1986. É considerado como o pai da independência de Moçambique.
-Josina Muthemba: Primeira esposa do que
logo viria a ser o primeiro presidente de Moçambique, Samora Machel. Lutou na
guerra da independência como guerrilheira, criou orfanatos e viajou por todo o
país consciencializando as mulheres do seu papel ativo na guerra.
-Frelimo: Frente de Libertação de
Moçambique, combateu os portugueses na guerra colonial e constitui, hoje em
dia, o maior partido político do país.
-Gungunhana: Foi um rei tribal e
vassalo do Império Português, que se rebelou e foi derrotado pelo General
Joaquim Mouzinho de Albuquerque e que viveu o resto da sua vida no exílio,
primeiro em Lisboa e, mais tarde, na
ilha de Terceira nos Açores.
-Xiconhoca:
Na
fala coloquial em Moçambique, significa "traidor",
"inimigo", "bandido", "mau como as cobras". O
termo teve origem, durante a ocupação colonial. Na cadeia da Machava (para
presos políticos) havia um guarda prisional, de seu nome "Xico" que,
por ser muito mau e ajudar a polícia secreta nas torturas, chamava-lhe
"Nhoca" (cobra), daí o Xiconhoca.
O Movimento
O Ilê Aiyê traz no seu tema o negro e o poder
Para nos conscientizar que podemos vencer
A luta contra essa discriminação
Vem destacando personalidades
De uma sociedade tradicional
Que conquistou sua dignidade
Apesar do preconceito racial
Vovô nos conta que Zumbi e Ganga Zumba é a
inspiração
Pra liderar com determinação
Mãe Hilda Jitolú vem nos abençoar
Seguindo a tradição
Mãe Stela orienta a comunidade
Para ir em busca da felicidade
É preciso ter coragem no seu caminhar
Gilberto Gil cantou o negro em versos e poesias
Com muito orgulho nasceu na Bahia
E hoje é ministro da nossa nação
Luiz Inácio, um sindicalista chega a presidente
Renova a esperança de toda essa gente
Que só quer liberdade de opinião
Nosso Pelé deu muita alegria ao povo brasileiro
Fazendo gol por esse mundo inteiro
E é considerado o rei do futebol
Edvaldo Brito, Luiz Alberto, Ivete Sacramento
Estamos juntos nesse movimento
Para o povo negro então viver melhor
Thabo Mbeki recorda
Que Steve Biko ficou na história
Nelson Mandela está na memória
A África do Sul jamais se esquecerá
Kofi Annan sabedoria e ancestralidade
Levando a paz para a humanidade
O Ilê Aiyê vem homenagear
O negro canta, o negro dança, o negro ginga
Tambores soam é bonito de se ver
Toda essa graça que engrandece raça
Está na simpatia do Ilê Aiyê
Esclarecimentos
-Ganga Zumba foi o primeiro soberano
do Quilombo dos Palmares no Brasil colonial, durante a segunda metade do século
XVII. Originalmente Ganga Zumbi foi um escravo procedente da região africana do
Congo, capturado por negreiros portugueses.
-Gilberto Gil (Gilberto Passos Gil
Moreira) é um cantor, guitarrista e compositor, de Salvador da Baía, Brasil.
-Luiz Inácio Lula da Silva mais conhecido como Lula
da Silva, é um político brasileiro, presidente da República Federativa do
Brasil entre o 1 de janeiro de 2003 e el 31
de dezembro
de 2010. Membro fundador e
presidente honorário do Partido
dos Trabalhadores (PT).
-Thabo Mbeki:
político da África do Sul presidente do país entre 1999 e 2008.
-Edvaldo Brito: professor, advogado, tributarista, jurista e político brasileiro.
- Luiz Alberto: Futebolista brasileiro de
Rio de Janeiro.
-Ivete Sacramento: antropóloga, escritora,
política e etnolinguista, destacada defensora dos direitos raciais dos negros
brasileiros, com ênfase nas mulheres negras.
-Steve Biko: foi um ativista
anti-apartheid da África do Sul na década de 1960 e 1970.
-Kofi Annan: Foi o sétimo secretário geral
das Nações Unidas, cargo que ocupou entre 1997 e 2006, e que foi galardoado,
junto à ONU, com o Prémio Nobel da Paz de 2001.
Webgrafia
VI Encontro Estadual de História – Povos Indígenas,
Africanidades e Diversidade Cultural: produção do conhecimento e ensino. Disponível em linha: http://www.viencontroanpuhba.ufba.br/ (último acesso: 25/03/2018).
Frazão, Heliana, Bloco
Ilê Aiyê passa a aceitar brancos no Carnaval de Salvador e gera polêmica:
2009, UOL Notícias, Salvador. Disponível em linha: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/11/28/ult5772u6412.jhtm (último acesso: 27/03/2018).
Ilê Aiyê 2018. Disponível em linha: https://www.youtube.com/watch?v=sJj5tfFQgNQ (último
acesso: 27/03/2018).
Lopes, Estefânia, ILÊ AIYÊ, QUE BLOCO É
ESSE?: Afreaka. Disponível
em linha: http://www.afreaka.com.br/notas/ile-aiye-que-bloco-e-esse/ (último acesso: 27/03/2018).
Matos, Dandara Silva, A
IMAGEM DA ÁFRICA NAS MÚSICAS DO MAIS BELO DOS BELOS: 2013, Anais
Eletrônicos-VI Encontro Estadual de História-ANPUH/BA. Disponível em linha: http://anpuhba.org/wp-content/uploads/2013/12/Dandara.pdf (último acesso: 27/03/2018).
[1] Matos, Dandara Silva, A IMAGEM DA ÁFRICA NAS MÚSICAS DO
MAIS BELO DOS BELOS: 2013, Anais Eletrônicos-VI Encontro Estadual de
História-ANPUH/BA.
[2] Frazão, Heliana, Bloco Ilê Aiyê passa a aceitar brancos
no Carnaval de Salvador e gera polêmica: 2009, UOL Notícias, Salvador.
[3] Lopes,
Estefânia, ILÊ AIYÊ, QUE BLOCO É
ESSE? : Afreaka.
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